BEAR MARKET -
Os gatilhos que levam a queda do mercado financeiro e crises econômicas por todo mundo. Um caminho sem volta, cada vez que tentam adiar esse ciclo ou impedir que o inevitável aconteça o fundo vai ser mais baixo e o "inverno" mais longo.
Nossa análise sobre crises financeiras e ciclos econômicos sempre segue o mesmo princípio. Elas começam na maioria das vezes no mesmo lugar, nos EUA, como eles tem grande poder financeiro e controle econômico sobre os mercados e economia global, devemos analisar o padrão de comportamento que se repete nessas crises.
Esse poder se da pelo controle do Swift ferramenta de transações internacionais, o dólar (US$) moeda de transação global e o International Monetary Fund (IMF), que mesmo sendo controlado por 190 países, segue as orientações dos EUA.
Esse controle e poder vem diminuindo nas últimas décadas, devido a ascensão das Cryptomoedas e sistemas de finanças descentralizados (DeFi) e também pela China ter se tornado o maior exportador do mundo tendo grande controle industrial de diversos produtos, o país pode tomar a posição de maior economia do mundo em 2027.
1. CICLOS ECONÔMICOS:
Os ciclos econômicos são as flutuações da atividade econômica no médio prazo. O ciclo envolve uma alteração de períodos, aceleração e crescimento de economias e/ou mercados e a relativa estagnação e desaceleração e declinação dos mesmos.
Segue a linha da nossa matéria sobre ciclos econômicos escrita em abril de 2020:
2. CRISE COVID19:
A crise e as relações de comércio, o fluxo de capital e um novo declínio do comércio internacional. Foram afetados pela pandemia criando um novo cenário mundial impactando as ofertas e demandas
"Os déficits e superávits externos não são necessariamente um motivo de preocupação . Há bons motivos para que os países mantenham um ou outro em determinados momentos. Contudo, as economias que tomam empréstimos demais do exterior e o fazem a um ritmo muito rápido, registrando déficits externos, podem se tornar vulneráveis a interrupções repentinas nos fluxos de capital."
3. CRISE MOEDAS FIAT:
Moeda fiduciária é qualquer título não-conversível, ou seja, não é lastreado a nenhum metal e não tem nenhum valor intrínseco.
A moeda fiduciária substituiu o padrão-ouro em todos os países do mundo, o resultado foi o sistema de câmbio flutuante.
O termo fiat deriva da palavra latim fiat, que significa "seja feito", usado no sentido de ordem, decreto ou resolução.
Seu valor vem da confiança que as pessoas tem nos bancos centrais e governos que são os emissores e regulamentadores dessas moedas, conhecido como moeda de curso forçado.
Uma moeda fiduciária pode perder o valor se os governos aumentarem a oferta sem ter a respectiva demanda por ela. Enfraquecendo o poder de compra da moeda e gerando inflação.
O Real completa 27 anos, a moeda foi criada em 1 de julho de 1994 e é considerada nova quando comparada com dólar. Apesar disso, a moeda brasileira perdeu aproximadamente 86% do seu poder de compra desde que foi criada.
A moeda brasileira hoje compra apenas R$ 14 comparado a R$ 100 de 1994.
O dólar completa 110 anos, a moeda foi criada em 4 de julho de 1776 e a emissão de papel moeda por estado e bancos federais de reserva de cada estado foi em dezembro de 1912. Apesar disso, a moeda americana já perdeu 96,47% do seu poder de compra desde que foi criada.
A moeda americana hoje compra apenas US$ 3,53 comparado a US$ 100 de 1912.
4. TAXA DE JUROS MUITO BAIXAS:
Com a desaceleração da economia provocada pela pandemia do Coronavírus em 2020, bancos centrais de todo o mundo reduziram os juros na tentativa de trazer um fôlego adicional para a economia.
No Brasil, a Selic ficou em apenas 2% ao ano entre agosto de 2020 e março de 2021, no menor nível da história.
Nos Estados Unidos, a taxa de juros ficou em apenas 0,25% ao ano entre agosto de 2020 e março de 2021, no menor nível da história.
Os bancos se baseiam na taxa de juros para definir as taxas que serão cobradas nos empréstimos. A flutuação da taxa de juros define a direção das taxas cobradas, quando está alta as instituições acabam repassando esse aumento para os consumidores, o que faz com que os juros fiquem mais altos. Já quando a taxa cai os juros ficam mais baixos.
A consequência é uma alta liquidez no mercado financeiro e economias, ficou mais fácil tomar dinheiro e crédito, um alto endividamento de governos e empresas sem calcular valor de dívida futuro, quando a taxa de juros subir.
5. ALTA INFLAÇÃO:
Em 1971, o presidente dos Estado Unidos, Richard Nixon, desvinculou o dólar do ouro, transformando o dólar em uma moeda fiduciária.
- Inflação no Brasil em alta: 10,06% a.a.⠀
- Inflação nos EUA em alta: 7,5% a.a.⠀
O dólar, assim como todas as moedas, perde o seu poder de compra no decorrer do tempo. Guardar dinheiro ou manter dinheiro parado na conta, mesmo sendo dólares, representa perda de poder de compra no longo prazo.
Em 1971, uma onça de ouro valia 35 dólares. Hoje, o preço é de 1.920 dólares.
Alta valorização do metal como reserva de valor, contra alta depreciação da moeda esse é o real motivo da Inflação, perda do poder de compra das moedas.
6. GUERRA RÚSSIA vs UCRÂNIA:
Esse foi o último gatilho desde 2020, quando estava encerrando o ciclo econômico de alta do mercado financeiro e da maioria das economias mundiais.
Após 2 anos parece ter esgotado as estratégias para segurar e inflar o mercado financeiro e as economias globais, o resultado desse adiamento é uma grande bolha financeira maior do que a última quando estourou na crise de 2009 no mercado imobiliário norte-americanos.
E uma promessa de termos "The mother of all financial crises" esse título está na crise de 1929, nos Estados Unidos.
Segue a linha da nossa matéria sobre efeitos da guerra escrita em fevereiro de 2022:
Segue a linha da nossa matéria sobre recessão econômica escrita em abril de 2020:
Watch the signs, go with the flow and take the money!
|
Xavier Gestão de Capital |